APRESENTAÇÃO
A Carroça de Mamulengos foi criada em Brasília em 1977 pelo bonequeiro Carlos Gomide. Em 1982, a atriz Schirley P. França integrou a companhia e tornaram-se a família Gomide França. Schirley e Carlos tiveram oito filhos: Maria, Antônio, Francisco, João, os gêmeos Pedro e Matheus, e as gêmeas Isabel e Luzia, cada filho nasceu em um lugar diferente devido à itinerância artística da companhia.
Hoje, a Carroça de Mamulengos é formada por três gerações de artistas: são brincantes, atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias, palhaços e arte educadores. Levam arte à diversos palcos, escolas, praças, ruas suas montagens teatrais. São artistas que vivem uma arte viva, celebrando a riqueza dos saberes populares e a simplicidade do povo brasileiro. (Veja em Espetáculos).
HISTÓRICO
Fase 1- Carlos Gomide
Carlos Gomide começou a trabalhar com teatro em 1975 em Brasília, em um grupo chamado Carroça, dirigido por Humberto Pedrancini. Nessa época, passou por Brasília um espetáculo do grupo Mamulengo Só Riso - PE, e então Carlos teve contato com o teatro de mamulengo e com o livro “Fisionomia e espírito do mamulengo”, de Hermilo Borba Filho. Intuiu que havia uma linguagem artística que não estava sendo ensinada nas escolas de teatro e foi ao encontro dessa linguagem. Encantou-se pelo teatro de bonecos, pela narrativa de histórias e decidiu buscar a cultura popular brasileira como fonte inspiradora.
Após a dissolução do grupo Carroça, Carlos herdou o mesmo nome “Carroça”. Criou um espetáculo de teatro de bonecos feitos com sucata e tomou uma decisão que norteou sua vida: viver de teatro. Para isso, pediu demissão do emprego de auxiliar de escritório e foi peregrinar com um saco de dormir e sua mala de bonecos. Por três meses, Carlos morou nas ruas de Brasília, durante o dia auxiliava na construção do teatro Garagem, e nos momentos fortuitos construía seus bonecos e idealizava seu caminho.
Em 1977, soube da realização de um festival de cultura popular no Rio de Janeiro, na inauguração do SESC Tijuca, e viajou para participar. Esse festival mudou a vida de Carlos, pois foi onde conheceu o brincante bonequeiro Antônio Alves Pequeno, o mestre Antônio do Babau, provavelmente o maior bonequeiro popular do Brasil. Desse encontro, Carlos ganhou dois bonecos: o Benedito e o Doutor Franga de Galinha, e avisou ao mestre Antônio que um dia iria morar com ele, e teve como resposta a dúvida “Você nunca vai lá pelo meu mundo”.
Carlos viajou para o Nordeste em busca de conhecer brincantes do teatro popular e, em 1979, cumprindo sua palavra, foi ao encontro do mestre Antônio do Babau na cidade de Mari-PA, onde residiu por mais de um ano. Vivenciando semanalmente as brincadeiras por sítios e a vida do Seu Antônio no roçado e na lida do dia a dia. Das mãos de seu mestre, recebeu bonecos com os quais formou seu terno (Terno é o conjunto de bonecos que formam a mala de um bonequeiro), pediu permissão para andar pelo mundo brincando com os bonecos e assim pegou a estrada, e assim segue até hoje. A partir de então, o nome do grupo passou a se denominar Carroça de Mamulengos.
Após conviver e aprender com o Mestre Antônio do Babau, Carlos sintetizou a linguagem do babau em uma dramaturgia icônica, que por sua perfeita estruturação, tornou-se modelo, compondo a gênese do atual teatro de bonecos popular realizado no meio artístico brasileiro nas últimas gerações. Sintetizou um enredo de força arquetípica e fez o elo do bonequeiro rural com o urbano.
Carlos lapidou uma brincadeira - tradicionalmente realizada durante horas à luz de lamparinas - para o tempo de não mais que uma hora, além de apresentar ao Brasil um novo Benedito: vaqueiro corajoso com consciência social e, principalmente, um Benedito amoroso e pai de família, para além do tradicional anti-herói briguento e inverossímil, que resolvia tudo na “base da peia”. Carlos o refinou em um Benedito inteligente e trabalhador, que apresenta a esposa grávida que dá à luz ao Cassimiro Coco (boneco bebê que faz xixi no público, criação de Carlos e que hoje está nas mãos de praticamente todos os bonequeiros populares do Brasil!). O enredo então passa a se centrar na história da família de Benedito.
Durante uma apresentação, ao ouvir uma criança gritar: “tira o boneco da boca dela!”, em referência à cobra que engole a personagem Catarina, Carlos Babau resolveu mudar o foco de conflito da história, remodelando a tradição. E assim, Benedito (feito Teseu que vence o Minotauro, ou Golias que vence o gigante, ou Jonas que saiu de dentro da baleia) retira os bonecos vivos de dentro da cobra, construindo uma cena também icônica. Para festejar, Carlos inventou de fazer um boneco tocar sanfona, ao som de uma gaita que tocada por ele atrás da tolda, e, por fim, trouxe o Boi do Reisado para a brincadeira de bonecos, na engraçadíssima cena do boi desobediente. Todas essas cenas já são consideradas de domínio público, sendo replicadas por bonequeiros de todo o Brasil.
Carlos é um artista inventor de tradição, mestre de mestres. Com tantos anos de trajetória artística, é surpreendente ver a quantidade de suas criações incorporadas à cultura popular. É incontável o número de artistas que se utilizam de suas criações. Conforme a tese de doutorado defendida recentemente por Daniela Rosante Gomes, na Universidade Federal de Tocantins, pelo menos trinta grupos espalhados pelo Brasil encenam o teatro de bonecos de Carlos Gomides.
Mas até esse momento, a história estava apenas começando.
Fase 2: Schirley P. França
Schirley P. França é natural de Taguatinga, Brasília, DF, filha de nordestinos que viajaram para o planalto central no início dos anos de 1960 em busca de dias melhores. Teve sua formação na infância e adolescência nas margens periféricas de Brasília. No processo de estudos secundaristas, teve contato com uma formação para atores que resultou no grupo de teatro Retalhos, importante movimento cultural do início dos anos 1980 em Taguatinga. No elenco do grupo, juntamente com Zé Regino, Natinho e Chico Simões, Miqueias Paz, Rose Nugoli, entre outros integrantes, realizavam espetáculos em escolas, ruas e festivais. O grupo, ao pesquisar autores para se inspirar nas montagens, selecionou Joaquim Cardoso, com o texto "Marechal Boi de Carro", encontrando nos bonecos uma linguagem que encanta e que passou a integrar seus trabalhos, juntamente com o livre folgar dos brincantes de cultura popular, pelas ruas e praças de Taguatinga e por todo o DF.
Entre 1981 e 1983, aproximadamente, estava acontecendo em Brasília o projeto Plateia da Secretaria de Cultura do DF, que levava espetáculos, música, exposições, etc., para escolas, no qual estavam se apresentando o grupo Retalhos e o Carroça de Mamulengos. Schirley foi convidada para assistir ao Carroça de Mamulengos e assim conheceu o teatro popular nordestino. "Me encantei pelos bonecos e pelo bonequeiro", e fez uma escolha radical aos olhos de sua família e amigos: trancou a faculdade de Artes Plásticas e seguiu estrada afora para acompanhar Carlos e seu terno de bonecos.
Fase 3 - A família - A arte como modo de vida. Carlos e Schirley escolheram a itinerância e a vivência com a cultura popular como caminho para a criação de seus trabalhos artísticos. Logo em 1980 foram para o Nordeste em busca de encontrar os brincantes populares. Em 1982, chegaram em Juazeiro do Norte (conferir essa data nos jornais) e no Cariri encontraram o reisado, o guerreiro, os emboladores de coco, os repentistas, as lapinhas, os bacamarteiros, as artesãs de bonecas de pano e tantos outros saberes presentes na memória do povo. Na itinerância, nas vivências com a arte e a educação e na militância em movimentos políticos e populares por onde passavam, foram nascendo os filhos Maria (Natal-RN-1984), Antônio (Crato-CE-1987), Francisco (Juazeiro do Norte-CE-1989), João (Brasília-DF-1992), os gêmeos Pedro e Matheus (Fortaleza-CE-1995), as gêmeas Isabel e Luzia (Brasília-DF-1998). Todos os seus filhos nasceram vivenciando os espetáculos e tendo a arte como um modo de vida. Foram educados em casa pelos seus pais, professores e mestres que foram encontrando pelo caminho.
Rodando chapéu, apresentando em escolas, festivais e onde fossem chamados, a Carroça de Mamulengos foi abrindo caminho para a sua arte e assim trazendo junto o Jaraguá, o boi, o palhaço Mateus, a burrinha, entre outros. Com essa forma de ser e estar vivenciando nas cidades e com os Mestres e Mestras, há uma troca de saberes. A cultura popular percebida e experimentada através da Carroça de Mamulengos foi sendo recriada e semeada por onde a companhia passou e passa.
Com quase meio século de trajetória, a Carroça de Mamulengos segue percorrendo o profundo interior do Brasil, criando e recriando sua arte na busca de seguir plantando arte, colhendo sustento, ensinando por onde passa, um verso de uma canção de palhaço, a andar de perna de pau, ou fazer um brinquedo popular. E tudo isso pra quê? Pra cultivar a poesia, a beleza e o afeto, suscitar a imaginação, para seguir acreditando em dias melhores. Perseverar e manter a chama da luz de uma consciência maior acordados, vivos e caminhando até onde o porvir chegar, como fizeram os mestres e mestras que ensinam pela prática, o exemplo e as virtudes.
INTEGRANTES
A família, que também é uma companhia teatral, e a companhia teatral, que é uma família.
A Carroça de Mamulengos realiza uma arte vivencial. A criação é um processo contínuo e integrado às práticas do dia a dia; assim, é possível dizer que o palco é uma extensão do próprio lar. Os espetáculos, que aqui são chamados de "brincadeiras", incorporam todos os aspectos do viver, dão sustento, proporcionam interação com o mundo, geram aprendizados e aperfeiçoamento das virtudes. Na Carroça de Mamulengos, quem nasce recebe nome de gente e nome de palhaço ou palhaça, já tem boneco e cena pronta e um mundo para se inventar. Ser artista é cultivar a cultura no viver.
“Eu sou um canarinho, eu sou um bem-te-vi, cantando a liberdade, cantando pra existir.”
Primeira geração: Carlos Gomide (Babau), Schirley P. França.
Segunda geração: Maria, Antônio, Francisco, João, Pedro, Matheus, Isabel e Luzia.
Terceira geração: Iara, Ana, Helena, Naiá, Liana, Luna, Amari... e continua!
ESPETÁCULOS
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2023
Mãe e filha vão estender roupas no varal. A mãe busca ensinar formas para a filha ver a beleza na vida, mas a filha quer ver a beleza em si mesma - talvez influenciada por um mundo que exalta influencers e celebridades em redes sociais.
Ser mulher e criar uma mulher. Através da contação de histórias, as duas irão encontrar a “senhora que anda sobre os rios” (e outros contos que nascem das águas). Em mais um capítulo de suas próprias histórias, a água lava, leva e guia o coração dessas duas brincantes.
DIREÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
Naira Carneiro
9 anos
2023
Cassimiro é filho de Benedito e Joaninha, tem sete anos e está começando sua vida escolar. Manezinho seu colega riquinho, se sente o dono do mundo e vive “matando” aula pra jogar bola. Joaninha é uma micro empresária, e com a sua confeitaria faz os melhores bolos, docinhos e salgados e quitutes da cidade. Manuela é a mãe de Manezinho e está preparando uma grande festa para comemorar o aniversário de 8 anos do seu filhinho. Cassimiro quer mesmo é ir pra escola, mas no caminho é atingido na cabeça com uma bolada do menino rico, e agora a confusão está armada.
Este espetáculo é uma homenagem ao Mestre Antônio do Babau, o bonequeiro que ensinou as habilidades de brincar bonecos ao avô de Ana – que por isso ficou conhecido como Carlos Babau. – Ana é a guardiã dessa linhagem. O nome, "Babauzinha", reflete essa herança e ligação com a tradição.
DIREÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
Maria Gomide e Vinicius Alexandre - Guita
Livre
2020
ALBÚM DE FAMÍLIA
Uma apresentação literária em formato de leitura dramatizada inspirada no livro homônimo Álbum de Família, memória, aventurança e efabulações da trupe familiar Carroça de Mamulengos, escrito por Gabriela Romeu e lançado pela editora Peirópolis, S.P. em 2019.
Nesse espetáculo Schirley narra uma longa trajetória de vida e de arte. Mãe de oito filhos, e avó de sete netas, é pilar fundante dessa história. A contação dessas memórias vivenciadas no Brasil profundo é realizada de forma poética, emocionante, e carrega em si a verdade de quem há muito tempo escolheu trilhar o caminho da arte, como escola, e percurso para formar sua família, seu trabalho de sustento, e assim ter mais histórias para contar. Ela é feita com o uso de objetos cênicos como bonecos da tradição popular, brinquedos artesanais e o talento que conquistou gerações de brasileiros.
DIREÇÃO E ATUAÇÃO:
Schirley P. França
2021
Maria é a mãe da Ana, Ana é a filha da mãe. As duas nasceram em cena, e cresceram a cada espetáculo, compartilham histórias reais e imaginárias. Miota é uma boneca que Maria ganhou quando era criança, hoje a criança é a Ana. Mãe, filha e uma boneca… Quem é que brinca com quem?
Nesse espetáculo, duas brincantes vão viver mais um capitulo de uma história que constitui um espetáculo vivo, sempre em transformação, assim como a relação dessa dupla de palhaças.
O “Plantão de Utilidade Lúdica” é um espetáculo que surgiu a partir da interação artística da dupla Maria e Ana com o seu publico durante a quarentena por meio de lives e da criação de uma webssérie para o YouTube. O espetáculo saiu o virtual para os palcos, tendo percorrido diversos estados do Brasil.
DIREÇÃO:
Maria Gomide
CLASSIFICAÇÃO:
Livre
2017
Nessa apresentação, Carlos Gomide revive o Babau, dando vida a bonecos que foram recebidos das mãos de mestres desse folguedo.
No Babau, todas as relações de uma sociedade estão representadas em
formas de bonecos. As relações entre o político e o Estado, o coronel e seus privilégios, o padre e a igreja, o vaqueiro e seu boizinho, o médico e sua influência, o doido e suas loucuras, o policial e o abuso do poder, os empregadores e desempregados, deuses e diabos, são os ingredientes para encenações de dramas, comédias, romances e tragédias. Com uma linguagem singela é capaz de falar de assuntos profundos e tocar com delicadeza e poesia o coração dos meninos olhos dos homens.
DIREÇÃO:
Carlos Gomide
CLASSIFICAÇÃO:
Livre
2018
Um espetáculo musical inspirado na cultura popular brasileira.
A dramaturgia obedece a ordem tradicional da chegada, licença, festa e despedida. As músicas, autorais ou populares, constroem histórias com imagens e sons em um espetáculo para
todas as idades.
Criado a partir de sons, sombra e luz, a iluminação é totalmente integrada ao espetáculo, pois é quem revela as imagens vindo das sombras. Os artistas vestem os bonecos, e neles se transformam. A bandeira do Divino, que abre e fecha o espetáculo. Nos figurinos, fitas e bordados colorem os brincantes que, como passarinhos, se divertem em alvorada.
DIREÇÃO:
Maria Gomide e Renata Amaral
CLASSIFICAÇÃO:
Livre
2016
“Esta é a vez do era uma vez no rumar sem fim de quatro irmãos, vindos de terras distantes, lá de onde viver é um eterno bailar entre a vida e o sonho. Trazem consigo, em caixas e memórias, tudo que é tipo de pedaço deste tal outro mundo. Aos que espiam este anda-anda dos irmãos por uma fresta do tempo, são cantadas e contadas estórias sonhevividas ao longo dos tempos”
Com lirismos e brincadeiras, o espetáculo conta a história de um homem que plantou seu sustento por onde passou. Em suas andanças, ele encontrou a velha mais velha da terra: uma “mãe coragem”, que ousou domar o “boi bravo do tempo”. Vai janeiro e vem janeiro e os artistas andantes estão na beira de um caminho, decidindo o que fazer da vida e buscando encontrar entre caixas, memórias e sonhos o presente que a velha plantou na terra.
DIREÇÃO:
Rodolfo Vaz e Fernanda Vianna
CLASSIFICAÇÃO:
Livre
2018
Alecrim no Olho da Rua é um espetáculo que celebra a vibrante cultura popular brasileira. Um espetáculo de música, mágica, bonecos e palhaço e circo.
O protagonista, Palhaço Alecrim, conquista o público com sua performance divertida e seu figurino peculiar, trazendo à tona memórias de brincadeiras e resgatando a essência dos brinquedos populares. Com suas brincadeiras singelas e encantadoras, ele nos transporta para um universo de histórias e memórias que, com o tempo, estão se perdendo.
DIREÇÃO E ATUAÇÃO
Francisco Gomide
2014
Pano de Roda apresenta a passagem de um circo itinerante por uma cidade pequena.
Enquanto a dona do circo enfrenta o desafio de sobreviver com a sua trupe e sua arte, uma dupla de desocupados quer se dar bem, e uma menina sonha em ser uma grande artista.
Ensaiar e conseguir novos números para integrar sua companhia, e, assim, reunir uma grande plateia é o desafio da dona do circo, tendo o seu grande elenco formado pelo encarregado, a dançarina, o marceneiro e a auxiliar – que faz de tudo. Juntos eles desejam reviver seus tempos de glória.
DIREÇÃO:
Carroça de Mamulengos,
Odilia Nunes e Duda Maia
CLASSIFICAÇÃO:
Livre
2010
Era uma vez uma moça nem feia e nem linda, que sonhava fugir com o circo. Fez sua mala e partiu.
A moça, porém, não tinha nenhuma habilidade que servisse ao picadeiro, então um dia foi deixada para trás.
Vendo-se sozinha, desatinou e esqueceu seu nome e de onde vinha. Só não esqueceu o circo.
Eis que, evocado por suas lembranças, o circo aparece trazendo uma charanga de palhaços, uma bailarina tímida, bonecos reais e seres imaginários que rondam o picadeiro de sua memória.
E como tudo tem um recomeço, uma velha, nem feia e nem linda, sonha em fugir com o circo…
DIREÇÃO:
Carroça de Mamulengos e
Alessandra Vanucci
CLASSIFICAÇÃO:
Livre
2015
Os “Afilhados do Padrinho” são um grupo musical fruto da inspiração de Carlos Gomide. O nome do grupo é uma homenagem ao padre Cícero Romão Batista, tratado popularmente em Juazeiro do Norte como “Padrinho Cícero”.
Em seu balaio sonoro, a banda traz xote, baião, marcha, ciranda, carimbó, frevo, samba e guarânia. As músicas são de autoria de Carlos Gomide, que também assina o cenário, figurino e a direção musical do trabalho.
O criador dos Afilhados acredita que as músicas do grupo tem o dom de despertar a emoção para se dançar com alegria, amor e ternura com inspiração no sagrado.
DIREÇÃO:
Carlos Gomide
CLASSIFICAÇÃO: Livre
1999 - 2024
“Histórias de Teatro e Circo” é resultado de momentos vivenciados pela Família Carroça ao longo de sua história.
As cenas e os bonecos foram criados a partir do nascimento e crescimento de cada filho, conhecimento passado de irmão para irmão. Revelam o amadurecimento de uma família que se desenvolve a cada dia, a cada espetáculo, onde o palco é uma extensão do próprio lar.
É um espetáculo em constante transformação e aprimoramento. Sintetiza uma linguagem lapidada por anos de estrada, apresentando em ruas, praças, escolas, teatros e festivais. Através de uma comunicação direta, busca-se uma arte viva que toque corações de adultos e crianças.
DIREÇÃO: Carroça de Mamulengos
CLASIIFICAÇÃO: Livre
1982 - 2024
Palhaço Alegria é um marco na historia do Carroça de Mamulengos. Foi criado em 1982 e é o primeiro boneco gigante desenvolvido pela companhia. Alegria é um boneco de 3 metros de altura, que entra em cena dentro de uma caixa e em frente do publico é montado e vestido de maneira interativa e poética.
Quando o boneco Alegria abre o seu paletó, de seu peito surge um palco onde é apresentado cenas do autentico teatro mamulengo, acompanhado ao som de pífaro, zabumba e triângulo.
“Seja Noite, Seja Dia, Viva o Palhaço Alegria!”
DIREÇÃO: Carlos Gomide
CLASSIFICAÇÃO: Livre
2013
“A Folia do divino” é um festejo da Carroça de Mamulengos inspirada nos reisados de Juazeiro do Norte- CE e nas folias de reis do Centro-Oeste do Brasil. Uma brincadeira que transforma os espaços em terreiros de brincantes.
Durante o percurso, os foliões relembram histórias natalinas utilizando bonecos e teatro de sombras, os brincantes cantam, dançam, tocam instrumentos e todo o público é convidado para participar da brincadeira. Uma festa com louvação a paz, ao amor e a união do ser humano com a natureza.
DIREÇÃO: Carroça de Mamulengos
CLASSIFICAÇÃO: Livre